segunda-feira, 22 de junho de 2015

Anja Bittencourt


Atriz. Atuou nas telenovelas “Amor Eterno Amor”; “O Astro”; “Insensato Coração”; “Passione”; “Negócio da China”; entre outros.

O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Aceito porque é sempre uma oportunidade de exercitar meu trabalho de atriz e porque amo fazer cinema.

Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Como sou professora do curso de cinema da Estácio, acabo recebendo convites dos alunos que estão fazendo seus curtas de final de faculdade e também de alguns amigos cineastas. Participo sempre com muita disponibilidade ( senão não aceito!) e me coloco nas mãos da direção.

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Porque não se encaixam no chamado mercado de exibição, o que é uma pena. Apesar da qualidade de nossas produções e o nível elevado dos roteiros, o espaço para o curta ainda é muito limitado e isso se reflete na mídia.

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Deveria ser efetiva, atuante. Teríamos que ter um curta sempre antes do longa-metragem. Me parece que existe uma tentativa de obrigatoriedade mas até agora não vi acontecer. Além disso, um número maior de festivais ou mesmo de sessões regulares, talvez num determinado dia da semana, um determinado horário, só para exibição de curtas nas salas de exibição.

O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Com certeza! Pelo próprio formato, duração e facilidade de produção em relação ao longa-metragem. Embora acredite que a experimentação é opção estética que não se vincula a esta ou aquela mídia.

O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa? 
De certa forma. Pois pode servir de aprendizado, de preparação para um voo maior. Mas acho que curta é opção pela linguagem. Dessa forma, um cineasta que trabalha com longa pode muito bem optar em contar determinada história no formato do curta.

Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Essa é uma pergunta difícil de responder! Ser porta voz de algo que seu público alvo está pensando ou sentindo é um caminho aparentemente seguro, me parece. Mas estou longe de saber esta fórmula! (risos).

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Sim! Inevitável isso. Trabalhando com cinema há cinco anos, dando aula de Direção de Ator e Prática de Ficção, já me sinto "contaminada" e com vários argumentos fervilhando na cabeça .Essa gestação daqui a pouco se conclui e lá vou eu me aventurar nessa arte.