Cantora e atriz. Já
trabalhou em diversas peças de teatro, publicidade, produziu e atuou em curtas-metragens,
estudou cinema e é Radio e TV. Como cantora produziu e compôs seu primeiro EP e mais dois videoclipes.
O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Bom a
principio eu queria ganhar experiência e portfólio como atriz. Após a faculdade
de cinema eu aprendi como produzir uma peça audiovisual e realizei juntamente
com um amigo meu o nosso próprio curta-metragem. Foi uma experiência incrível
que me motivou e deu autoconfiança para ir atrás dos meus próprios projetos
independentes, e não ficar dependendo apenas de convites.
Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em
curta-metragem.
Minha
principal experiência como produtora, atriz e diretora em Curta foi com o curta
" A Bunda". Tudo começou quando ouvi uma história engraçada que
aconteceu com meu amigo Diogo Picchi. Aí pensei... Porque não filmar isso? Vai
ficar engraçado ! Foi tudo uma grande brincadeira... Resolvi roteirizar e
arregaçar as mangas, chamei meu amigo Lucas Kakuda um fera ! Todos os atores também
eram amigos meu, e as locações foram o Ibirapuera e metro ( filmamos sem autorização
mesmo) a casa do Lucas Kakuda, o consultório de um dentista amigo meu e a farmácia
foi uma dificuldade pra conseguir pois ninguém queria deixar ainda mais por se
chamar ‘A Bunda’ (risos) ninguém levava a serio, mas quando eu estava quase
desistindo uma amiga que eu tinha acabado de conhecer e trabalhava na indústria
de medicamentos conseguiu ! Uffa! Filmamos tudo em quatro dias... E missão
cumprida! O filme foi para o festival de filmes brasileiros em Los Angeles e
ainda para o festival de cinema em Cabo Frio. Super valeu a pena não gastamos
nada e a principal lição é: quem tem amigos tem tudo !
Pra quem
quiser assistir o resultado está aqui: http://www.youtube.com/watch?v=etS88cnLepE
Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e
atenção da mídia em geral?
Porque não ha
uma costume cultural, um habito na vida das pessoas de prestigiarem esse formato
de filme. O povo brasileiro é basicamente formado por televisão (Rede Globo). O
cinema nacional já sofre para conquistar o seu espaço no mercado, imagina
curtas... E a classe media e alta frequenta os cinemas e assiste a televisão também
não, é tudo uma questão de habito.
Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para
atingir mais público?
Exibi-los na
televisão aberta, ao menos uma vez por semana.
O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação,
direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Sim. Pois
pode-se realizar uma ideia com poucos recursos e sem pensar no interesse dos
"fornecedores de verba".
O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Não necessariamente.
Acho que o curta-metragem tem seu espaço para ter uma historia estruturada com
começo, meio, e fim. Se quer fazer um longa tenha um projeto para longa, filme
um teaser e corra atrás de verba, parceiros e uma equipe competente.
Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Paixão, fé.
Persistência.
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Com certeza. Estou aberta a convites, e pré-produzindo
um roteiro comigo e com a minha família atuando que vai ficar muito bonito se
Deus quiser...