Ator, diretor e humorista. Octávio é formado pela Escola
de Arte Dramática de São Paulo. Ele venceu na categoria de Melhor Ator
nos prêmios Shell e Prêmio APETESP pela obra Camila Baker em 1990.
O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Honestamente, sou capaz de aceitar pelo
trabalho de ator, ou pelo respeito que posso ter pelo autor ou diretor.
Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em
curta-metragem
Gosto muito do ambiente de filmagem. Mas
depois que começa a filmagem, fico mais ligado na cena, não reparo muito o que
está acontecendo em volta. Mas pra mim que sou de Teatro, sempre tenho medo de
estar exagerando. Os diretores com quem trabalhei já conheciam meu trabalho, e,
sempre confiei neles.
Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da
mídia em geral?
A questão não é o fato de ser um curta-metragem.
Há muito tempo que o caderno de Cultura é mais fininho que os de picaretagem e
exemplos de roubos e discussões hipócritas sem fim.
Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais
público?
Sessões de cinema específicas para curta-metragem.
Quatro ou cinco curtas, dependendo da duração de cada filme. É muito pouco
provável que uma pessoa assista três ou quatro filmes seguidos, e não tenha
prazer em nenhum.
O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou
produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Acredito que sim. Quanto menos gente você
tiver que atrapalhe sua autonomia, mais tranquilidade você tem de criar. É
muito ruim criar sob pressão.
O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Talvez. São passos diferentes. Cada um pede um
tipo de maturidade, genialidade, coragem e loucura.
Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Inteligência, cultura e criatividade.
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Tenho esse sonho. Não tenho ainda a coragem.