domingo, 1 de março de 2015

Haroldo José


Ator, diretor e dramaturgo. Ele iniciou os estudos nessa área, no ano de 1980, tendo se graduado em diversos cursos de interpretação.  Atuou no curta-metragem ‘O Livro de Jó’.

O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Bem, além da cerveja... tá ai uma coisa que eu não sei muito bem: dinheiro não se ganha, não pego mais ninguém, etc...

Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Do caralho! Tem uns que enchem o saco, querem ensinar sem terem aprendido, mas eu gosto.
As vezes tropeço com uma galera legal, o pessoal da produtora Exotique Filmes e Insane Mind Films mandam bem, gostei dos últimos trabalhos que fiz por lá!

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Esta ai uma resposta que acho que você vai ter pela primeira vez: tem muita bosta por ai, no entanto algumas pérolas também. Quem tem dinheiro manda porque quer mais dinheiro, simples não?

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Penso que devemos fugir de fórmulas, mas é legal dar uma olhada nos movimentos que levam público, posso citar o simpático Festival Art Déco de Cinema em São Paulo.

O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
É o que deveria ser para adquirir repertório, raras vezes isso acontece. Por isso admiro diretores não egocêntricos, mas esse é o caminho.

O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
De jeito nenhum, tem uma tonelada de diretores que fazem longas e jamais fizeram curta-metragem e outros que já tem seus atores escolhidos.

Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Mais uma? Anotai ai:
2 ovos
3 colheres de chá de margarina
1 colher de fermento
1 pai banqueiro ou empresário de multinacional, político, ...
2 ovos e
1 gomo de linguiça curada

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Sim, já dirigi um curta e estou pra fazer um segundo.