sábado, 7 de fevereiro de 2015

Lorenna Mesquita


Atriz. Atuou no curta-metragem "Ouija", da Gatacine, dirigido pelo cineasta Marcelo Galvão.

O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Antes de tudo, gosto de uma boa estória, independente de ser curta ou longa. No caso do curta-metragem o que me atrai é o poder de síntese, a objetividade. Sem contar que você pode exibi-lo nos festivais de cinema, vários deles dedicados exclusivamente a esse formato.

Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Comecei atuando em curtas produzidos nas escolas e faculdades de cinema, o que foi um grande exercício. O melhor aprendizado vem da prática. Foi com um curta, inclusive, que ganhei o prêmio de melhor atriz no 2º Festival de Cinema de Petrópolis (RJ). "Ouija", da Gatacine, dirigido pelo cineasta Marcelo Galvão.

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Acho que isso está mudando. Com a frequência dos festivais e mostras de cinema, a cada ano os curtas passam a chamar mais atenção da crítica especializada. Ainda pode ser melhor.

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
A internet é a grande difusora. Com um link você pode conseguir milhões de visualizações para o seu trabalho. Mas é claro que filme, pelo menos para mim, deve ser visto no cinema. O ideal é que, além dos festivais, os curtas ganhassem espaço permanente nas salas comerciais, sendo sempre exibidos antes de um longa-metragem.

O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Sem dúvida. Por ser um trabalho normalmente realizado com menor orçamento, ele permite que você arrisque mais, sem medo de ousar e usar a criatividade. E essa experiência você carrega pela sua vida profissional.

O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Não é uma regra. Mas acredito que o produtor, ator ou diretor que já passou por experiências em curtas-metragens chega mais seguro na hora de fazer um longa.

Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Se alguém tiver a receita, por favor, compartilhe (risos). Vencer, pra mim, significa manter uma constância de produção com bons trabalhos e, de preferência, sendo bem remunerada por isso. Em qualquer profissão, não só no audiovisual.

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Com certeza. Já estou em processo de produção e busca de patrocínio para os meus projetos.