Atriz. Atuou no curta-metragem "Ouija",
da Gatacine, dirigido pelo cineasta Marcelo Galvão.
O que te faz aceitar participar de
produções em curta-metragem?
Antes de
tudo, gosto de uma boa estória, independente de ser curta ou longa. No caso do
curta-metragem o que me atrai é o poder de síntese, a objetividade. Sem contar
que você pode exibi-lo nos festivais de cinema, vários deles dedicados
exclusivamente a esse formato.
Conte sobre a sua experiência em
trabalhar em produções em curta-metragem.
Comecei
atuando em curtas produzidos nas escolas e faculdades de cinema, o que foi um
grande exercício. O melhor aprendizado vem da prática. Foi com um curta,
inclusive, que ganhei o prêmio de melhor atriz no 2º Festival de Cinema de
Petrópolis (RJ). "Ouija", da Gatacine, dirigido pelo cineasta Marcelo
Galvão.
Por que os curtas não têm espaço em
críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Acho que
isso está mudando. Com a frequência dos festivais e mostras de cinema, a cada
ano os curtas passam a chamar mais atenção da crítica especializada. Ainda pode
ser melhor.
Na sua opinião, como deveria ser a
exibição dos curtas para atingir mais público?
A internet
é a grande difusora. Com um link você pode conseguir milhões de visualizações
para o seu trabalho. Mas é claro que filme, pelo menos para mim, deve ser visto
no cinema. O ideal é que, além dos festivais, os curtas ganhassem espaço
permanente nas salas comerciais, sendo sempre exibidos antes de um
longa-metragem.
O curta-metragem para um profissional
(seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para
experimentação?
Sem dúvida.
Por ser um trabalho normalmente realizado com menor orçamento, ele permite que
você arrisque mais, sem medo de ousar e usar a criatividade. E essa experiência
você carrega pela sua vida profissional.
O curta-metragem é um trampolim para
fazer um longa?
Não é uma
regra. Mas acredito que o produtor, ator ou diretor que já passou por
experiências em curtas-metragens chega mais seguro na hora de fazer um longa.
Qual é a receita para vencer no
audiovisual brasileiro?
Se alguém
tiver a receita, por favor, compartilhe (risos). Vencer, pra mim, significa
manter uma constância de produção com bons trabalhos e, de preferência, sendo
bem remunerada por isso. Em qualquer profissão, não só no audiovisual.
Pensa em dirigir um curta
futuramente?
Com
certeza. Já estou em processo de produção e busca de patrocínio para os meus
projetos.