sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Mayara Constantino


Atriz. Atuou no curta Tudo o que é sólido pode derreter’ e no longa ‘Castelo Rá-Tim-Bum, o Filme’.

O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Geralmente o roteiro. Quando o roteiro é muito bom e o personagem me interessa eu aceito.

Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Foram muito boas. É cinema, né? Então eu amo e acho que para a maioria dos atores o cinema é um veículo que ocupa um lugar muito especial. O que acontece muito em curta é que geralmente são produções com um orçamento mais apertado, a equipe é mais jovem, mais fresca, tudo isso eu gosto muito. Mas, claro, já passei alguns apertos, mas a paixão pelo filme me ajudou a superá-los. Por isso o roteiro tem que ser muito bom e quando aceito fazer um filme já investigo pra saber mais ou menos onde estou entrando.

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Eu acredito que as pessoas têm uma ideia de que curta geralmente é um processo experimental, e ele é mesmo, mas se você for parar pra pensar isso é ótimo! E além disso geralmente são atores menos conhecidos, diretores menos conhecidos e então eles ocupam lugares e atenções menos conhecidas também.

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Penso que com mais festivais, mais atenção da mídia em geral, um maior acesso também, quem sabe sessões no cinema com preços populares. Ou um grande diretor escolhe um curta pra passar antes do filme dele... não sei, dá pra ter muita ideia!

O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Com certeza! Mas ele não deve perder esse frescor em um longa-metragem, por exemplo.

O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Sim! Não só para os atores, mas para a equipe em geral.

Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Nossa, bem difícil essa pergunta! Mas resumindo, se você não tem muitos contatos ou grandes nomes vinculados ao seu projeto, não tem jeito, você tem que ser bom, muito bom.

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Já pensei, tenho roteiros escritos. Mas nunca tomei coragem. Quero continuar meus trabalhos como atriz e, depois, quem sabe? Creio que sim!