Cineasta.
Dirigiu e
produziu os curtas-metragens “29 Polegadas” (2005); “ Ilha do Rato” (2006) e; “Passeio
de Bicicleta” (2009).
Qual é a
importância histórica do curta-metragem na filmografia nacional?
O Brasil
é dum dos três países que mandam mais filmes para o Festival de Clermont
Ferrand, o mais importante do mundo para curtas-metragens. Além disso, o Brasil
tem a maior politica de fomento a produção de curtas-metragens.
O que te
faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Necessidade
de aprender todas as etapas de fazer um filme, o que fazer curtas-metragens te
proporciona, mas não é possível no formato de longa-metragem que tem uma logística
muito mais complicada.
Conte
sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Dirigi e
produzi três curtas: “29 Polegadas” (2005), “Ilha do Rato” (2006), “Passeio de
Bicicleta” (2009), que juntos participaram em mais de cem festivais no redor do
mundo.
Por que
os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Acho que
o espaço para critica duma forma geral se reduziu bastante. Então é normal que
a mídia se foca nos filmes que tem nomes conhecidos.
Na sua
opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Deveria
ser respeitada a obrigação legal de passar nas salas curtas antes dos longas-metragens,
pelo menos em algumas sessões. Quase nenhum exibidor hoje cumpre essa
obrigação, mas porque também não é possível de impor a ninguém esse tipo de
regra. Tem que ter dialogo entre os exibidores e o poder público, para ver como
isso pode funcionar sem prejudicar ninguém.
O
curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção)
é o grande campo de liberdade para experimentação?
Claro. O
cinema hoje é cada vez mais formatado pra satisfazer o gosto de um publico mais
conservador. Então, somente fazendo curtas, você tem essa liberdade para
experimentar.
O
curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Sim, mas
também tem cineastas que fazem curtas a vida toda, e estão, se tornaram referência
nesse formato. E só assistir esses filmes que são coletâneas encomendadas por
grandes festivais para ver que é um formato difícil que ate grandes cineastas
de longas não acertam.
Qual é a
receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Fora da
obstinação que requere qualquer tipo de arte, não tem.
Pensa em
dirigir um curta futuramente?
Gostaria, sim.