Ator, diretor, cenógrafo. No cinema, atua nos filmes:
"Carisma Imbecil", de Sérgio Bianchi (2012), "Reféns"
(2012), de Anselmo Ramos e "O Pesar da Dúvida" (2012), de Rafael Nani.
O que te
faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Um bom roteiro e um diretor com um objetivo claro do que pretende alcançar com
o curta.
Conte
sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Nos
últimos anos, devido ao crescimento dos cursos de audiovisual nas
universidades, a demanda de curtas metragens tem crescido bastante, muitos
projetos bons e outros nem tanto. No caso dos curtas-metragens de faculdade, é
muito importante levar em conta o processo individual do estudante. é claro que
o desejo é sempre de realizar um bom trabalho mas sem esquecer que o projeto é
um espaço para experimentação artística e principalmente pratica do grupo. Por
se tratar de um trabalho com pouca exposição e nem sempre os melhores recursos,
é importante se identificar com o projeto, por isso fiz poucos curtas, mas os
que fiz me ajudaram muito a construir minha identidade artística e
profissional.
Por que os
curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Já foi
pior. Hoje em dia, existem canais que exibem curtas metragens na tv aberta e
paga e o crescimento dos festivais ajuda o divulgar o meio. Acredito
que com a expansão do formato de vídeos curtos para a internet os curtas se
beneficiarão bastante.
Na sua
opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Sinto que
Festivais e Mostras sempre são os melhores lugares para a exibição. Acredito
que o filme precisa da sala de cinema para se concretizar, mas não há como
negar o poder que a internet tem para ampliar o publico e democratizar o
formato.
O
curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção)
é o grande campo de liberdade para experimentação?
Depende
do momento de cada artista. Se for um curta acadêmico, é um ótimo espaço para
se profissionalizar e criar uma identidade artística. se realizado por um
profissional mais experiente pode ser um ótimo lugar para ousar e testar novas
linguagens e propostas.
O
curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Trampolim
eu não sei, talvez para integrantes da equipe técnica sim, mas para o ator
participar de um longa os fatores mais subjetivos, como perfil físico e
temperamento artístico, ou seja se a sua forma de se relacionar é aquilo que o
diretor acredita para o personagem. Uma coisa não como negar, estar a vontade
num set e compreender o formato audiovisual, ajudam bastante a trabalhar mais.
Qual é a
receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Sinceramente
não sei. Depende do que é vencer para cada um. Vencer para mim é conseguir
realizar na pratica o que passo horas pensando.
Pensa em dirigir um curta
futuramente?
Atualmente dirijo e escrevo o programa “No Divã do Dr. Kurtzman” para o
Canal Brasil. estou formatando uma série de ficção para a TV a Cabo e
escrevendo para o Teatro. Mas assim que tudo isso passar (e passa bem rápido)
pretendo dirigir o curta "Onde esta o gato" de Daniel Morozetti.