Atriz e idealizadora. Nascida no Rio de Janeiro de um pai francês e
mãe brasileira. Ela se forma com grandes nomes do teatro paulistano no Teatro
Escola Célia Helena, Marcelo Lazzaratto, Ruy Cortez, Nelson Baskerville e Marco
Antônio Rodrigues. Mudou-se para
Paris em 2002 e seguiu o Cours Florent até 2004. De 2004 até 2007 formou-se no
Conservatório Nacional Superior de Artes Dramáticas (CNSAD) com os professores Dominique
Valadié, Andrzej Seweryn, Daniel Mesguish, Muriel Mayette. Foi dirigida por Tilly,
Gildas Milin e Marcial Di Fonzo Bo. Atua
em várias montagens, entre as mais importantes “La Ville” de Martin Crimp, direção Marc Paquien; “Strindbergman” a partir das obras de
Strindberg e Bergman, direção Marie Dupleix (na qual foi produtora igualmente); “La
Tempête…” de Shakespeare, direção Georges Lavaudant; “Claire en Affaires” de Martin Crimp, direção Sylvain Maurice.
No
cinema interpreta o personagem principal no longa-metragem canadense “Serveuses Demandées” de Guylaine
Dionne (produção Park Ex Productions). E em vários curtas-metragens, entre eles
“Ils s’appelent tous Marlon Brando” de Mikael Buch; “La Meute” de Elrina O'Brien; “Bye, Bye Maman” de Keren Marciano (produção
Mitiki) e; “Cellule” de Arno Ledoux.
O que te
faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
O que me faz aceitar qualquer outro tipo de produção: o texto e a equipe.
Conte
sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Já
trabalhei em curtas-metragens com infra e sem infra. O que eu gosto na produção
de um curta, é o aspecto condensado. Tudo é muito intenso e rápido. Claro
que há inconveniências nisso também, mas dá espaço à belas surpresas
inesperadas. Sem contar que na maioria das vezes, é mais independente, então se
sente menos a pressão dos produtores.
Por que
os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Não sou
uma especialista no assunto, mas acho injusto que os curtas-metragens não
tenham um espaço maior e único na mídia.
Na sua
opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais
público?
Adoro
quando passam no cinema um curta-metragem antes da sessão de um longa. Assisti
antes de “Monstros Universidade”, um curta belíssimo da Pixar, que conta a
história de amor entre dois guarda-chuvas: “The Blue Umbrella”. Faz parte da
política da Pixar, passar um curta inédito deles antes do longa-metragem. Acho
essa ideia genial!
Ou senão,
criar-se mais concursos de curtas. Na França por exemplo, a Kodak lançou um
concurso de curtas de quatro minutos. O vencedor é projetado em grandes salas
de cinema antes de um longa, no lugar daquelas propagandas intermináveis...
O
curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou
produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Acredito
que seja um bom campo de experimentação, sim. Até porque a pressão do setor
financeiro é menor.
O
curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Não sei
se é um trampolim, mas dificilmente um diretor conseguirá financiar seu longa,
sem antes ter feito curtas que tenham tido uma certa repercussão.
Qual é a
receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Por não
ter tido ainda uma experiência no audiovisual no Brasil, não saberia responder
essa pergunta.
Pensa em
dirigir um curta futuramente?
Penso em dirigir futuramente, mas
acho que vou começar com uma peça e já será um grande desafio.