Ator. Atuou nos curtas-metragens ‘Depois
do Escuro’; ‘Ratão’; ‘KCRisis’; ‘The
Bitchhiker’; entre outros.
O que te
faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
O
roteiro, os profissionais envolvidos e o personagem que eu vou fazer. Me
interessa muito fazer personagens que me desafiam, coisas que não fiz, mas
principalmente o roteiro.
Conte
sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Eu
comecei nos curtas em 1998, no filme “Depois do Escuro” de Dirceu Lustosa.
Fiquei um período sem atuar, tinha meio que desistido da carreira por conta de
grana e tal, até que em 2003 recebi o convite do Eduardo Belmonte que já tinha
trabalhado em outros projetos para fazer o curta-metragem “Momento Trágico”, de
Cibele Amaral. O curta teve uma ótima repercussão e graças a ele, recebi o
prêmio de melhor ator no festival de gramado em 2004 e não parei mais. Já
participei de mais de 15 curtas todos de diretores brasilienses.
Por que
os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Não sei,
coisas da nossa imprensa. Os longas-metragens não tem espaço, imagina nos
curtas. É uma pena.
Na sua
opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Acho que
a internet é o grande veículo pra exibição dos curtas. Eu acho interessante um
projeto que obriga a exibição de curtas antes dos longas em cartaz no “circuitão”.
O que acontece é que o grande público não tem o hábito de assistir curtas.
O
curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção)
é o grande campo de liberdade para experimentação?
Sim com
certeza é. Me interessa mais o desafio de se contar um estória num curta do que
certas "viagens" de alguns cineastas, mas claro que tem filmes
experimentais interessantíssimos e é importante pra formação de uma linguagem,
de uma estética e também pra formação dos envolvidos.
O
curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Acho sim
que os curtas são a porta de entrada pros longas, tanto pros diretores como
técnicos e atores. A partir dos curtas que se tem uma formação, mas isso não
quer dizer que o cineasta vai fazer longas. O caminho é muito árduo tanto pra
produção e principalmente pra distribuição dos longas.
Qual é a
receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Não tem
receita, eu não acredito nisso de vencer no audiovisual brasileiro. É uma
carreira que tem que ser construída. Acho que tem acreditar e não desistir.
Pensa em
dirigir um curta futuramente?
Não me
sinto capaz ainda, mas quem sabe... Quero sim produzir e encontrar bons
roteiros para atuar que é minha paixão no cinema.