segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Bruna Longo

Atriz.  Bacharel em Comunicação Social – Cinema e Vídeo pela Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), em 2000, tem formação técnica profissionalizante como atriz pelo Teatro-Escola Célia Helena, em 1999. Mestrado em Movement Studies pela Central School of Speech and Drama – University of London, Reino Unido, em 2010, reconhecido pela Reitoria de Pós-graduação da Universidade de São Paulo (USP).  É membro da Cia. da Revista, em São Paulo.

O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Em primeiro lugar, convites de amigos, visto que me formei em cinema e tenho muitos colegas na ativa. Em segundo lugar, o potencial de relação entre personagens, mais que o roteiro ou o papel.

Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Minha experiência sempre foi meio punk rock, faça você mesmo - pessoas juntas e apaixonadas por cinema fazendo as coisas às suas contas. Um pouco como faço teatro também. Gosto assim.

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Acho que por ser curto, é visto como uma coisa "menor". Só deve ser por isso.

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
A alguns tempo atrás em alguns cinemas, exibiam curtas antes dos longas, junto com trailers. Acho bem legal, atinge um público maior. E na TV também deveria acontecer isso, antes da exibição de um filme. O Youtube! gerou um outro meio de divulgação bem bom, que me atinge pessoalmente mais.

O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Toda forma de arte pode ser um campo para experimentação, indiferente do formato. Acho que o que muda é o ethos da coisa. Um curta pode ser super acadêmico e formalista, o Teatro, o longa, etc., também.

O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Não, não, não! Esse pensamento é que faz ele ser visto como "menor". O curta-metragem é como um conto, o longa-metragem um romance. Os dois são independentes, se fecham em si mesmos.

Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Trabalhar muito, aprender a lidar com a economia da coisa e se cercar de pessoas interessantes e interessadas como você.

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Não, acredito que minha história com o cinema atrás das câmeras não era pra ser. Precisa um tipo de relação com o elemento técnico que eu não tenho no cinema, e sim no teatro.