Atriz. Bacharel em
Comunicação Social – Cinema e Vídeo pela Fundação Armando Alvares Penteado
(Faap), em 2000, tem formação técnica profissionalizante como atriz pelo
Teatro-Escola Célia Helena, em 1999. Mestrado em Movement Studies pela Central
School of Speech and Drama – University of London, Reino Unido, em 2010, reconhecido
pela Reitoria de Pós-graduação da Universidade de São Paulo (USP). É membro da Cia. da
Revista, em São Paulo.
O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Em primeiro lugar, convites de amigos, visto que me formei em cinema e
tenho muitos colegas na ativa. Em segundo lugar, o potencial de relação entre
personagens, mais que o roteiro ou o papel.
Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em
curta-metragem.
Minha experiência sempre foi meio punk rock, faça você mesmo - pessoas
juntas e apaixonadas por cinema fazendo as coisas às suas contas. Um pouco como
faço teatro também. Gosto assim.
Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da
mídia em geral?
Acho que por ser curto, é visto como uma coisa "menor". Só
deve ser por isso.
Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais
público?
A alguns tempo atrás em alguns cinemas, exibiam curtas antes dos longas,
junto com trailers. Acho bem legal, atinge um público maior. E na TV também
deveria acontecer isso, antes da exibição de um filme. O Youtube! gerou um
outro meio de divulgação bem bom, que me atinge pessoalmente mais.
O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou
produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Toda forma de arte pode ser um campo para experimentação, indiferente do
formato. Acho que o que muda é o ethos da coisa. Um curta pode ser super
acadêmico e formalista, o Teatro, o longa, etc., também.
O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Não, não, não! Esse pensamento é que faz ele ser visto como
"menor". O curta-metragem é como um conto, o longa-metragem um
romance. Os dois são independentes, se fecham em si mesmos.
Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Trabalhar muito, aprender a lidar com a economia da coisa e se cercar de
pessoas interessantes e interessadas como você.
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Não, acredito que minha história com o cinema atrás das câmeras não era
pra ser. Precisa um tipo de relação com o elemento técnico que eu não tenho no
cinema, e sim no teatro.