Ator, diretor e publicitário. É protagonista do filme Superoutro”, dirigido por Edgard Navarro.
O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Em primeiro lugar, um roteiro interessante. Em
segundo a possibilidade de experimentar, de ousar. De poder encontrar novas
formas de expressão para o cinema.
Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em
curta-metragem.
Já fiz vários curtas. O filme “Superoutro”, do
qual sou protagonista, dirigido por Edgard Navarro, derivou de um
curta-metragem e transformou-se num media-metragem. Uma prova clara e viva de
que o curta é um longo e interminável caminho para o crescimento e para a
renovação do cinema.
Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da
mídia em geral?
Já temos um caminho sofrido para as produções
de longa metragem no Brasil. Não é tão difícil produzir hoje, por conta da
tecnologia digital, mas temos um gargalo na distribuição. Os curtas têm o seu
espaço nos diversos festivais brasileiros e fora do Brasil. Mas a vida de um
curta é também curta. Não existe um espaço específico para que o público possa
consumir esse formato. A não ser os festivais e mostras específicas. Mas, não
deixa de ser bacana esse quase ineditismo.
Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais
público?
Criar mais formatos de exibição e
distribuição. Acho que já deveria ter um canal a cabo, voltado só pra exibir
curta-metragem. A internet é também interessante e muitos cineastas já postam
seus filmes no Youtube! e em canais focados nisso. Um site voltado pra esse
assunto poderia também ser legal.
O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção)
é o grande campo de liberdade para experimentação?
Fazer ou participar de um curta, além da
liberdade, é o momento do começo do exercício, do fazer cinema. Muita gente que
conheço nas diversas funções do cinema iniciaram profissionalmente ou estagiaram
fazendo curtas. É uma puta escola.
O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
É o canal de conexão. Claro.
Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Associar-se à Globo Filmes.
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Sim tenho muitas ideias no papel, mas as
atividades como ator ainda não me permitiram.