quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Bertrand Duarte


Ator, diretor e publicitário. É protagonista do filme Superoutro”, dirigido por Edgard Navarro.

O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Em primeiro lugar, um roteiro interessante. Em segundo a possibilidade de experimentar, de ousar. De poder encontrar novas formas de expressão para o cinema.

Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Já fiz vários curtas. O filme “Superoutro”, do qual sou protagonista, dirigido por Edgard Navarro, derivou de um curta-metragem e transformou-se num media-metragem. Uma prova clara e viva de que o curta é um longo e interminável caminho para o crescimento e para a renovação do cinema.

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Já temos um caminho sofrido para as produções de longa metragem no Brasil. Não é tão difícil produzir hoje, por conta da tecnologia digital, mas temos um gargalo na distribuição. Os curtas têm o seu espaço nos diversos festivais brasileiros e fora do Brasil. Mas a vida de um curta é também curta. Não existe um espaço específico para que o público possa consumir esse formato. A não ser os festivais e mostras específicas. Mas, não deixa de ser bacana esse quase ineditismo.

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Criar mais formatos de exibição e distribuição. Acho que já deveria ter um canal a cabo, voltado só pra exibir curta-metragem. A internet é também interessante e muitos cineastas já postam seus filmes no Youtube! e em canais focados nisso. Um site voltado pra esse assunto poderia também ser legal.

O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Fazer ou participar de um curta, além da liberdade, é o momento do começo do exercício, do fazer cinema. Muita gente que conheço nas diversas funções do cinema iniciaram profissionalmente ou estagiaram fazendo curtas. É uma puta escola.

O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
É o canal de conexão. Claro.

Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Associar-se à Globo Filmes.

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Sim tenho muitas ideias no papel, mas as atividades como ator ainda não me permitiram.