Ator. Seus trabalhos em cinema incluem
os curtas-metragens "Ódio Puro Concentrado", de André Miranda (2006),
e "Bem Vigiado", de Santiago Dellape (2006), e o longa-metragem
"Simples Mortais", de Mauro Giuntini (2007).
O que te
faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
A
primeira coisa é o roteiro e quem são o diretor e o fotógrafo. Depois a escolha
do elenco e como este elenco se encaixa no roteiro. Acho que, por serem as
primeiras experiências dos diretores, os curtas pecam muito na escolha de
elenco e isso pode acabar com qualquer boa ideia.
Conte
sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Minha
experiência em curtas é totalmente positiva. Aprendi muito com diretores e
fotógrafos como Jimi Figueiredo, Alexandre Magno, Santiago Dellape, Andre Carvalhedo,
Andre Miranda, Lavenere, Cunha e vários outros. Me arrependi poucas vezes por
ter aceitado um convite e mesmo estas poucas vezes tiveram algo a me ensinar.
Por que
os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Acho que
o objetivo dos curtas-metragens quase nunca é comercial e isso chama pouca
atenção da Mídia. Agora com a obrigatoriedade de conteúdo nacional nos canais a
cabo, isso deve mudar. Mas também acredito que devemos pensar em outras
possibilidades.
Na sua
opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Adoraria
ir ao cinema e ver curtas antes dos longas ao invés de ter que engolir 20
minutos de publicidade. Poderíamos ter também mais exibições alternativas.
O
curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção)
é o grande campo de liberdade para experimentação?
Aprendemos
a fazer cinema com os curtas. Com certeza é o lugar de experimentar e de
acertar.
O
curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Acho que
é o caminho, não sei se é o trampolim porque o salto para um longa é bem grande
e é preciso acumular outras experiências como por exemplo trabalhar em longas
de outros diretores com mais estrada.
Qual é a
receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Quem
souber, por favor me conte.
Pensa em
dirigir um curta futuramente?
Penso sim, mas ainda tenho que aprender muito da linguagem pra me
arriscar. Dirijo teatro. São linguagens bem diferentes.