segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Sérgio Sartório


Ator. Seus trabalhos em cinema incluem os curtas-metragens "Ódio Puro Concentrado", de André Miranda (2006), e "Bem Vigiado", de Santiago Dellape (2006), e o longa-metragem "Simples Mortais", de Mauro Giuntini (2007).

O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
A primeira coisa é o roteiro e quem são o diretor e o fotógrafo. Depois a escolha do elenco e como este elenco se encaixa no roteiro. Acho que, por serem as primeiras experiências dos diretores, os curtas pecam muito na escolha de elenco e isso pode acabar com qualquer boa ideia.

Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Minha experiência em curtas é totalmente positiva. Aprendi muito com diretores e fotógrafos como Jimi Figueiredo, Alexandre Magno, Santiago Dellape, Andre Carvalhedo, Andre Miranda, Lavenere, Cunha e vários outros. Me arrependi poucas vezes por ter aceitado um convite e mesmo estas poucas vezes tiveram algo a me ensinar.

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Acho que o objetivo dos curtas-metragens quase nunca é comercial e isso chama pouca atenção da Mídia. Agora com a obrigatoriedade de conteúdo nacional nos canais a cabo, isso deve mudar. Mas também acredito que devemos pensar em outras possibilidades.

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Adoraria ir ao cinema e ver curtas antes dos longas ao invés de ter que engolir 20 minutos de publicidade. Poderíamos ter também mais exibições alternativas.

O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Aprendemos a fazer cinema com os curtas. Com certeza é o lugar de experimentar e de acertar.

O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Acho que é o caminho, não sei se é o trampolim porque o salto para um longa é bem grande e é preciso acumular outras experiências como por exemplo trabalhar em longas de outros diretores com mais estrada.

Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Quem souber, por favor me conte.

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Penso sim, mas ainda tenho que aprender muito da linguagem pra me arriscar. Dirijo teatro. São linguagens bem diferentes.