Atriz. Atuou em “A Coleção Invisível”; “À
Beira do Caminho” e; “Seja o que Deus Quiser”.
O que te
faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
O
roteiro, as pessoas envolvidas e o personagem que irei fazer.
Conte
sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Não tenho
muitas experiências com curta, fiz apenas um. Mas gosto de experimentar
linguagens novas e acho que o curta tem essa característica, além de ser um
grande exercício para cineastas que estão começando, na maioria das vezes.
Gosto também do poder de síntese que um curta deve ter, contar uma história em
pouco tempo é sempre um desafio.
Por que
os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Acho uma
pena a falta de espaço, mas creio que isso acontece com toda arte que não tenha
um desempenho no mercado, ou seja, que não gera grandes audiências e dinheiro,
especialmente quando se trata dos grandes veículos de comunicação. Por outro
lado, creio que hoje em dia, com a internet, esse formato pode facilmente
chegar a novos espectadores, novos espaços podem ser abertos através da
divulgação na rede, independente da mídia mais tradicional.
Na sua
opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Acho que
através de mais eventos como festivais, sessões de cinema, programas de TV e
internet dedicados a curtas. Também acho legal levar esse tipo de trabalho às
escolas, para um público jovem, preparando-o para assistir a linguagens
diferentes, criando debates com os artistas e produtores. Creio que isso
poderia também ajudar na formação de uma maior audiência para o cinema
nacional, além das comédias que atualmente fazem mais sucesso.
O
curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção)
é o grande campo de liberdade para experimentação?
Não acho
que seja o único ou o "grande" lugar para experimentar. Um artista
pode experimentar sua arte em qualquer veículo, em qualquer meio, depende muito
de como ele se coloca em relação à sua liberdade de criação. O curta é um bom
lugar pra fazer isso porque geralmente tem uma produção menor, menos
compromissos de mercado, então fica mais fácil arriscar.
O
curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Não
necessariamente, mas creio que seja um ótimo exercício para os cineastas,
roteiristas, toda a equipe.
Qual é a
receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Receita
para vencer? Isso existe? Se existe me passa logo!!! (risos).
Pensa em
dirigir um curta futuramente?
Penso em
dirigir e escrever, mas não sei se seria um curta, um documentário, um longa-metragem,
uma peça de teatro... Não se faz cinema sozinho, então só me aventuraria nesse
meio se achasse os parceiros certos, que eu tivesse confiança artística.