segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Daniela Rocha Rosa


Atriz, diretora e pesquisadora. Com o Circo Amarillo, atua em “Na Estrada” e “Experimento Circo”.

O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Algumas coisas são importantes dentre elas vou colocar 2. A primeira é a afinidade artística com o diretor. Preciso olhar e entender que é um caminho novo, lindo e desafiador a ser descoberto. A segunda é a seriedade do trabalho. Fundamental ter uma proposta com cronograma organizado, e saber que existirá qualidade no processo de produção.

Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Trabalhei muito pouco. Na verdade tive algumas experiências que me fizeram refletir sobre o tal "aceite". Hoje tenho apenas um nome de diretor que realiza curtas que me atrai o trabalho é foi com ele que realizei bonitos trabalhos. Vale a pena citar seu nome Erico Rassi.

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Bem, qualquer coisa que eu responder será um "achismo", mas acredito que as produções sem apoio acabam não surtindo muito efeito, porque sempre acaba faltando alguma coisa, seja um bom elenco, um bom roteiro, uma boa produção. É muito difícil trabalhar com excelência sem verba. E com isso, a visibilidade, interesse do público acabam diluindo e não provocando ecos na mídia. Ainda o cinema dos curtas é muito experimental e a linguagem inovadora muitas vezes é banalizada pelo público. O Youtube! pode ser um caminho lindo para popularizar e fazer acontecer.

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Bem, se eu fosse interessada em fazer um projeto (risos) eu abriria um programa que exibiria um curta antes de alguma novela. No mundo das ideias cabe tudo, eu sei.

O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Não sei te dizer. Minha formação e experiência como artista de teatro me mostrou que a liberdade para experimentação é a coragem de sair e fazer arte em qualquer lugar. Tudo o que depende muito de outras pessoas tira um pouco a liberdade para experimentação.

O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Sim. Não digo um trampolim, mas um caminho de aprendizado. Um estágio. Como em qualquer arte. Começamos criando cenas curtas e depois um clássico.

Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Poxa, isso é algo que não sei. Sempre converso muito com meus amigos "do cinema" e nos perguntamos o mesmo. Espero que encontremos respostas. Obrigada por perguntar.

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Sim. Penso. Acho muito possível. Quando o projeto estiver mais próximo, eu te aviso.