É atriz formada pela Escola Superior de
Artes Célia Helena. Fez workshops com Robert Castle, Fatima Toledo e Tata
Amaral. Começou a trabalhar como atriz na televisão realizando diversos
trabalhos, entre eles, "Sandy e Junior", "Começar de novo",
"Essas mulheres", "Malhação", “Anjos do sexo” e “Amor e Revolução”.
No cinema participou dos curtas, “Pretérito Perfeito” , Dir. Geórgia
Guerra Peixe; “Existe Sempre Espaço para o Amor”, Dir. Bernardo Barreto; “Nua e Crua” , Dir. Marcelo Miazzi;
"Noite Perdida" , Dir. Filippo Capuzzi Lapietra. Em 2010, com o curta "O nome do
gato", Dir. Pedro Coutinho, ganhou os prêmios de melhor atriz nos
festivais “Art Dèco” de curtas e documentários e no “14ºFAM” – Festival
Audiovisual do Mercosul. No teatro participou das peças, “Panos e lendas”
(Companhia “Pic & Nic”), texto de Vladimir Capela, direção de Chico Cabrera;
“Depois Daquela Noite”, texto e direção de Miro Rizzo; “Dr Faustus Liga a Luz”
(Cia Nova de Teatro), de Gertrude Stein, direção de Lenerson Polonini e
“Caminos Invisibles... La partida” (Cia. Nova de Teatro), dramaturgia e direção
de Carina Casuscelli; “Leila Baby”, texto e direção de Mário Bortolotto e
“Guarde um beijo meu”, texto e direção de Mario Cesar Costaz.
O que te faz aceitar participar de produções em
curta-metragem?
Roteiro,
personagens interessantes e boas parcerias. Acima de tudo pelo exercício e pela
paixão em atuar.
Conte sobre a sua experiência em trabalhar em
produções em curta-metragem.
Comecei a
trabalhar em curtas metragens ainda criança. O primeiro que fiz se chamava “Pretérito
Perfeito”
(Dir. Geórgia Guerra Peixe). Desde então venho fazendo curtas metragens alternando com trabalhos no
teatro. Participei de curtas de produtoras já conhecidas, curtas independentes
e de cineastas recém formados e talentosíssimos. Gosto de atuar em curtas pelas
possibilidades que ele oferece aos profissionais envolvidos.
Por que os curtas não têm espaço em críticas de
jornais e atenção da mídia em geral?
O curta-metragem
não é distribuído. Sem caráter lucrativo ele perde espaço na mídia. Os meios de
comunicação acabam reservando mais espaço para produções grandes, normalmente
com atores conhecidos. Acho uma pena, pois os curtas não chagam ao público e
acabam sendo vistos e valorizados apenas por pessoas da área.
Na sua opinião, como deveria será exibição dos
curtas para atingir mais público?
Sei de uma
lei da época da ditadura que obrigava a exibição de curtas nacionais antes de
longas internacionais, poderia ser uma alternativa serem exibidos antes de
longas internacionais e nacionais, mas também acho complicado isso de “ser
obrigado”. Acredito que a melhor forma seria se as redes de cinema e de
televisão abrissem mais espaço na sua programação. Isso faria com que os curtas
chegassem ao público.
O curta-metragem para um profissional (seja
ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade
para experimentação?
Sim. Acredito que muitos
profissionais descobrem sua linguagem artística fazendo curtas, pois há muita
liberdade para experimentação. Ele é muito democrático, pode ser feito com
muito ou pouco dinheiro, por diretores experientes ou recém formados em busca
de sua identidade.
O curta-metragem é um trampolim para fazer um
longa?
O curta-metragem da
oportunidade de mostrar o seu trabalho. Como ele é visto por muitos
profissionais da área, seu trabalho pode ser reconhecido e oportunidades podem
surgir.
Qual é a receita para vencer no audiovisual
brasileiro?
Não acredito em receitas.
Vários cineastas, atores e profissionais do audiovisual brasileiro, conseguiram
seu respeito por caminhos muito diferentes. Algumas coisas ajudam, como por
exemplo, aprender a produzir seus próprios projetos e não ficar só
esperando uma oportunidade. Aliás, isso é importante para qualquer área
artística. Acima de tudo acredito que quem trabalha com arte precisa amar muito
o que faz, correr atrás e não desanimar com as dificuldades.
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Não penso em dirigir, mas penso em produzir
roteiros que me interessam para trabalhar como atriz. Isso é algo que já venho
fazendo no teatro e tenho muita vontade de fazer com roteiros para o cinema.
Sempre com o objetivo de trabalhar como atriz, porque é o que me move.