Ator. Desde abril de 2007 faz parte do
Núcleo de estudos para atores profissionais do Grupo Tapa, sob a
orientação de Brian Penido e
Guilherme Sant'Anna. Na televisão e cinema,
protagoniza diversos curtas-metragens e também atuou em "Força
Tarefa", série policial da TV Globo, ao lado de Murilo Benício.
O que te
faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Alguma característica
artística que me interesse. Ou mais de uma, claro. Pode ser o roteiro, as
pessoas envolvidas, o personagem, o local, o processo criativo.
Conte
sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
A minha
experiência é positiva, sempre tive a sorte de pegar equipes envolvidas e
profissionais. Um curta-metragem sempre começa em uma boa história e nos que
participei o roteiro era sempre muito interessante. Assim, as filmagens sempre
rolaram muito bem e o resultado final dos curtas que eu fiz são muito bons em sua
média. Alguns premiados inclusive. Gosto muito de filmar curtas, gostaria de
fazer mais.
Por que
os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Além de
uma questão cultural, hoje em dia somos bombardeados por informação de todos os
lados, a quantidade de notícias existentes e a consequente briga das mídias em
chamar a atenção acaba banalizando muito o tipo de informação que recebemos e a
qualidade com que são passadas. As artes em geral são artigo pouco absorvido
pela nossa cultura, até porque as pessoas nem sabem como absorvê-la. Nas artes
cênicas o espaço só é dado aos que já são famosos, fato. O espaço da maioria de
nós artistas é muito restrita e normalmente só compartilhado por nós mesmos.
Mas internet tem contribuído bastante para aumentar este espaço, acredito.
Na sua
opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Não
saberia responder, precisaria explorar mais este assunto específico. Mas é
claro que se fossem exibidos em TV Aberta, ou nos cinemas antes dos longas-metragens,
por exemplo, já seria um bom passo.
O
curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção)
é o grande campo de liberdade para experimentação?
É um dos.
Acredito que em termos de cinema sim. Mas existem várias possibilidades em
outras mídias. Inclusive a possibilidade de misturá-las.
O
curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Sim,
acredito que seja um dos mais comuns.
Qual é a
receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Aha, se
eu soubesse... Eu gostaria muito de poder participar mais do audiovisual
brasileiro, adoro cinema e gostaria de ter feito e fazer muito mais nesta área.
Assim, quem sabe, um dia eu descubra a receita. Deixo você publicar em primeira
mão. Mas, sem dúvida, o amor ao que se faz é essencial.
Pensa em
dirigir um curta futuramente?
Penso. É uma possibilidade.