sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Carol Scavone


Atriz. No cinema, participa dos seguintes trabalhos: "Nomes Próprios" (2007), com roteiro e direção de Marcio Mehiel, "Estrada dos Sonhos" (2004), documentário sobre o 32º Festival de Cinema em Gramado, com roteiro e direção de Rodrigo Castelhano, e o curta-metragem "Queimando a Língua" (2004), com roteiro e direção de Rodrigo Castelhano.

O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Para aceitar um trabalho sempre levo em consideração o roteiro e a direção. Mas o roteiro é o que mais me atrai.

Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Tenho ótimas recordações de todos os curtas onde trabalhei. Gostaria de ter feito mais! Acho que é um trabalho sempre muito intenso, criativo, onde aprende-se muito e uma ótima oportunidade para experimentar uma nova linguagem.

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Acredito que isso ocorra por ser um tipo de mercado ainda pouco conhecido do grande público. Talvez não traga o retorno financeiro desejado. É uma pena! Mas não há melhor propaganda do que o boca a boca. Se o trabalho for muito interessante, ele ficará conhecido mesmo sem este espaço.

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Ganhar espaço nos cinemas, antes da exibição de um longa, é sempre uma opção maravilhosa, desperta o interesse. Mas também acho que hoje em dia a Internet é a opção com maior alcance. Sites voltados para este mercado, ou mesmo sites como Youtube!, Vimeo, podem contribuir muito para a divulgação deste tipo de trabalho.

O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Com certeza! Hoje em dia é possível produzir um curta com um orçamento muito baixo. Isso dá mais liberdade para ousar, experimentar e criar. Para o ator também, pois ele precisa encontrar um caminho muito interessante, fugindo do óbvio, para acompanhar este tipo de estrutura.

O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Se este for o desejo, acredito que possa ser sim. Muitos longas-metragens nasceram de curtas. Recentemente trabalhei em um projeto assim e foi muito interessante observar esta transformação e as diferentes formas de contar a mesma história.

Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
O audiovisual brasileiro está crescendo muito, de forma acelerada e isso é uma conquista incrível. Na minha opinião a receita é investir em roteiros. Ainda somos carentes de bons roteiros, mas isso também está mudando. Eu acredito muito nesses novos profissionais que estão ingressando no mercado.

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Penso sim. A minha visão ainda é muito voltada para a atuação e tenho muito a aprender nesta área. Mas o tempo e a experiência trazem o amadurecimento e a vontade de explorar novos caminhos. Tenho muita admiração pelo trabalho de direção e sei que, para isso, precisarei estudar muito antes de me aventurar. Espero um dia concretizar esta vontade!