Ator.
Atuou no espetáculo “Medinho Medão”.
O que te
faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Inicialmente,
as pessoas envolvidas. Um bom roteiro e um set harmonioso é fundamental!
Conte
sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
O
primeiro curta-metragem que tive o prazer de participar surgiu de um convite
dos alunos da FAAP. Me apaixonei rapidamente. Logo depois, na Academia Nacional
de Cinema, surgiram outros convites. O filme "Tê-la", meu ultimo
curta, foi um experiência incrível, pois pude contracenar com minha
companheira, Aline Mattos, em uma cena que nos amávamos sobre um tabuleiro de
futebol de botão. Docemente dirigida por Luís Marcelo Goulart. Realmente um
presente.
Por que
os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Precisamos
fomentar nossa própria arte. Enquanto idolatrarmos os blockbusters de fora, não conseguiremos emancipação financeira, tampouco
sociocultural. Existem leis que nos apoiam, mas longe de fomentar-nos
dignamente.
Na sua
opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Horários
específicos em grandes salas de cinema, com grande rotatividade de público,
seria interessante. O cinema nacional cresce a cada dia, basta as agências e
empresários se inspirarem, por exemplo, e nossa Galeria Cine Olido, em São
Paulo. Os melhores curtas-metragens sempre estão em cartaz por lá.
O
curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção)
é o grande campo de liberdade para experimentação?
Com toda a
certeza! Um espaço amplo para ideias revolucionárias!
O
curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Não vejo
dessa forma. Não mais. Roteiros filmados em dezessete minutos, por exemplo,
formatam a ideia original e levam o espectador a um brainstorming rápido e
objetivo. O Festival do Minuto, sucesso absoluto, sintetiza de forma genial
roteiros brilhantes. Seja o gênero que for.
Qual é a
receita para vencer no audiovisual?
A receita
é óbvia: um bom roteiro, pessoas com amor e envolvimento e uma produção
dedicada. Vemos muitos roteiros sérios, tratando de assuntos necessários sendo
colocados de lado por produtoras de destaque no cenário audiovisual.
Pensa em
dirigir um curta futuramente?
Por hora, não. Ainda preciso
viver muitas personagens antes de vê-las em terceira pessoa!