sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Diego Rodda


Ator. Atuou no espetáculo “Medinho Medão”.

O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Inicialmente, as pessoas envolvidas. Um bom roteiro e um set harmonioso é fundamental!

Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
O primeiro curta-metragem que tive o prazer de participar surgiu de um convite dos alunos da FAAP. Me apaixonei rapidamente. Logo depois, na Academia Nacional de Cinema, surgiram outros convites. O filme "Tê-la", meu ultimo curta, foi um experiência incrível, pois pude contracenar com minha companheira, Aline Mattos, em uma cena que nos amávamos sobre um tabuleiro de futebol de botão. Docemente dirigida por Luís Marcelo Goulart. Realmente um presente.

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Precisamos fomentar nossa própria arte. Enquanto idolatrarmos os blockbusters de fora, não conseguiremos emancipação financeira, tampouco sociocultural. Existem leis que nos apoiam, mas longe de fomentar-nos dignamente.

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Horários específicos em grandes salas de cinema, com grande rotatividade de público, seria interessante. O cinema nacional cresce a cada dia, basta as agências e empresários se inspirarem, por exemplo, e nossa Galeria Cine Olido, em São Paulo. Os melhores curtas-metragens sempre estão em cartaz por lá.

O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Com toda a certeza! Um espaço amplo para ideias revolucionárias!

O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Não vejo dessa forma. Não mais. Roteiros filmados em dezessete minutos, por exemplo, formatam a ideia original e levam o espectador a um brainstorming rápido e objetivo. O Festival do Minuto, sucesso absoluto, sintetiza de forma genial roteiros brilhantes. Seja o gênero que for.

Qual é a receita para vencer no audiovisual?
A receita é óbvia: um bom roteiro, pessoas com amor e envolvimento e uma produção dedicada. Vemos muitos roteiros sérios, tratando de assuntos necessários sendo colocados de lado por produtoras de destaque no cenário audiovisual.

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Por hora, não. Ainda preciso viver muitas personagens antes de vê-las em terceira pessoa!