Ator. Integrou o elenco da peça teatral “Beije Minha Lápide” e está no
“ar” na novela “Babilônia” (TV
Globo).
O
que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Acho que como todo e qualquer trabalho sem duvida o que
valida à aceitação de um convite é o projeto, a ideia, profissionais envolvidos
e o objetivo do trabalho.
Conte sobre a sua
experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Minha experiência em curtas-metragens é pequena, gostaria e
quero muito abranger meu trabalho nesse campo. Tenho apenas dois curtas no meu
curriculum. Gosto muito da ideia de síntese que os curtas proporcionam. Minha
experiência maior é no teatro e na televisão. Tenho tido o privilegio de
emendar seriados um após o outro, séries que tem uma pegada muito
cinematográfica, inclusive na levada do set de filmagem. Fiz, no GNT, a serie
“Copa Hotel” com direção do Mauro Lima.
Por que os curtas não têm
espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Penso eu na humilde opinião que a mídia deva julgar menos
interessante dar espaço para curtas-metragens o que acho uma pena, pois como
disse acima o poder de síntese e comunicação direta que os curtas têm e podem
ter são de extrema valia no campo das artes em geral, e a mídia negar espaço
para esse tipo de manifestação artista é um tanto lamentável.
Na sua opinião, como
deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Não tenho uma ideia genial para compartilhar e dizer o que
poderia melhorar no campo das exibições de curtas gostaria muito de tê-la, mas
ficarei na divida. Sinto falta de mais festivais pela cidade. Acho que sem
duvidas as mídias poderiam ajudar mais na acessibilidade entre “público e a obra”.
O curta-metragem para um
profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de
liberdade para experimentação?
A liberdade de experimentação pode fazer parte de qualquer
experiência artística em geral. O que consigo perceber é que as produções de
curtas podem ser realizadas com um orçamento menor, ai ganham esse caráter de
“experimento”, mas não nos exime da responsabilidade como artistas para com a
obra sendo apresentada. Acredito na experimentação como um fator a partir de
nossas inquinações como artista e seres humanos.
O curta-metragem é um
trampolim para fazer um longa?
Acredito que cada trabalho seja um trabalho. Um por vez!
Quando realizo um projeto acredito no trabalho, os frutos que cada trabalho
pode trazer é uma consequência não pode ser o primeiro plano. “Trabalho” acho
que essa é palavra.
Qual é a receita para
vencer no audiovisual brasileiro?
Não vejo como uma receita de bolo. Acho que não existe uma
formula do sucesso. Lidamos com arte é inconstante o que comunica pra um às
vezes não comunica para o outro. No áudio visual brasileiro temos muitas
barreiras, é muito difícil produzir um filme, quando com muito esforço se
consegue filmar, encaramos uma peleja ainda maior para distribuí-lo e coloca-lo
em cartaz. Acredito na comunicação esse é o objetivo da arte de um modo geral
comunicar e isso o cinema quando faz ele faz de jeito sublime.
Pensa em dirigir um curta
futuramente?
A direção ainda é uma incógnita pra minha pessoa. Tenho muitas
ideias, interesses e já faço a idealização dos meus projetos em teatro. Mas
acho que para dirigir cinema ainda me falta um pouco mais de “MUITO”
amadurecimento e serenidade que acho que só o tempo e as minhas experiências
profissionais podem me trazer. Mas sim tenho certeza que ainda vou experimentar
esse campo da profissão.