Escritora
e mestre em sociologia pela USP e autora de diversas
obras. Publicou alguns contos e romances, enfocados no universo feminino e
juvenil. Seu primeiro livro, "Histórias da Mulher do Fim do Século",
foi publicado em 1997. Cinco anos
depois, Ivana lança outra obra com o mesmo tema: "Falo de mulher". Em
2003, a autora começa a explorar a juventude com o livro “Confidencial -
anotações secretas de uma adolescente”.
O
curta-metragem é o parente mais próximo do conto?
Sim. Acho
que são primos. Ambos têm que contar uma história que emocione no menor espaço
de tempo. São histórias redondas que te nocauteiam (pra usar o chavão dos
chavões).
O curta,
assim como o conto, tem a síntese como uma das suas funções mais importantes.
Como é trabalhar com a síntese?
Como eu
não sou de muita enrolação, digo que o conto está no meu DNA. Embora tenha
gostado de me aventurar por narrativas mais longas. Gosto de gente que diz a
que veio e vai embora sem mais delongas.
Qual é o texto, conto ou livro que a senhora publicou que daria uma ótima
adaptação em vídeo, seja no cinema ou no curta-metragem?
Eu acho que meu romance "Hotel Novo Mundo" daria um ótimo longa-metragem.
Quanto ao curta-metragem, adoraria ver muitos de meus contos na tela. Meu
sobrinho Joaquim Castro (que montou o documentário “Jards”) adaptou um conto
meu, "Titila", no TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) dele e ficou o
máximo. Há pouco tempo umas alunas de um curso de comunicação fizeram o mesmo
com "Quatro Dolores".
"Berenice",
"Doroti, a mulher sereia", "O carro de Toninha",
"Mulher é tudo igual"... Tenho muitos contos que ficariam lindões na
tela. É só escolher.
Por que
os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
No
Brasil, qualquer expressão cultural que saía do conhecido, badalado, do caminho
já trilhado tem que rebolar pra aparecer. É assim em todas as artes. O conto,
por exemplo, está numa péssima fase. Ninguém quer publicar livros de contos. A
hora é do romance. Mas as ondas vão e vêm. Torçamos pelo refluxo da maré. O bom
é que o público está se orientando por outros meios e não só pela grande mídia
e a internet é uma poderosa ferramenta pra isso.
O
cineasta, ou produtor, que estiver lendo a sua entrevista nesse exato momento,
pode procura-la para pedir autorização para uma futura adaptação da sua obra em
vídeo?
Claro!!!!!