Atriz.
Atuou no longa-metragem “Vera”.
O que te faz aceitar participar de produções em
curta-metragem?
São
vários motivos, dependendo de cada projeto. Pode ser a afinidade com o que é
proposto ou mesmo a afinidade artística com as pessoas envolvidas. Em alguns
casos, conta também a possibilidade de experimentar e me envolver por algo que
é muito diferente do que eu faço no teatro.
Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções
em curta-metragem.
Participei
de alguns, não foram muitos, mas mesmo sendo breve, foi uma ótima oportunidade
de aprendizado. Só mesmo depois da experiência de participar é que conseguimos
entender melhor algumas das diferenças de interpretação no teatro e no cinema.
Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e
atenção da mídia em geral?
Infelizmente
o curta-metragem está restrito a um determinado público e a exibição se dá
normalmente em mostras específicas. Por conta da distribuição, a mídia volta
sua atenção para outros formatos, como o longa-metragem.
Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas
para atingir mais público?
Além
dos festivais, ajudaria se fossem exibidos alguns curtas antes das sessões de
cinema. Acredito que em algumas salas isso seria possível, com a intenção de
fomentar a produção e atingir um público diferente daquele habituado a
frequentar festivais e mostras. A internet permite que se divulgue com muita
facilidade, o que possibilita um acesso maior às informações sobre o que é
produzido.
O curta-metragem para um profissional (seja ele da
atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para
experimentação?
Sim,
acredito que principalmente para o diretor. É nesse momento, geralmente, que
ele tem maior autonomia e liberdade criativa. Por outro lado, no caso do ator,
vai depender de cada projeto e da relação que se estabelece entre diretor/ator.
O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
O
curta-metragem pode abrir muitas possibilidades, é uma forma do seu trabalho
ser visto, seja para o diretor ou o ator. Existem ainda casos de diretores que
no primeiro longa-metragem retomaram ideias usadas em curtas realizados
anteriormente, como o Kleber Mendonça Filho em “O Som ao Redor” e também o
Gustavo Taretto com o filme “Medianeras”.
Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Pergunta
difícil. Acredito que tem que persistir e realmente querer muito.
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Interesso-me
muito por cinema, gosto de aprender e observar, mas não penso nisso agora. No
momento, pretendo participar como atriz.