sábado, 1 de agosto de 2015

Luana Frez


Atriz. Atuou no longa-metragem “Vera”.

O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
São vários motivos, dependendo de cada projeto. Pode ser a afinidade com o que é proposto ou mesmo a afinidade artística com as pessoas envolvidas. Em alguns casos, conta também a possibilidade de experimentar e me envolver por algo que é muito diferente do que eu faço no teatro.

Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Participei de alguns, não foram muitos, mas mesmo sendo breve, foi uma ótima oportunidade de aprendizado. Só mesmo depois da experiência de participar é que conseguimos entender melhor algumas das diferenças de interpretação no teatro e no cinema.

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Infelizmente o curta-metragem está restrito a um determinado público e a exibição se dá normalmente em mostras específicas. Por conta da distribuição, a mídia volta sua atenção para outros formatos, como o longa-metragem.

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Além dos festivais, ajudaria se fossem exibidos alguns curtas antes das sessões de cinema. Acredito que em algumas salas isso seria possível, com a intenção de fomentar a produção e atingir um público diferente daquele habituado a frequentar festivais e mostras. A internet permite que se divulgue com muita facilidade, o que possibilita um acesso maior às informações sobre o que é produzido.

O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Sim, acredito que principalmente para o diretor. É nesse momento, geralmente, que ele tem maior autonomia e liberdade criativa. Por outro lado, no caso do ator, vai depender de cada projeto e da relação que se estabelece entre diretor/ator.

O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
O curta-metragem pode abrir muitas possibilidades, é uma forma do seu trabalho ser visto, seja para o diretor ou o ator. Existem ainda casos de diretores que no primeiro longa-metragem retomaram ideias usadas em curtas realizados anteriormente, como o Kleber Mendonça Filho em “O Som ao Redor” e também o Gustavo Taretto com o filme “Medianeras”.

Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Pergunta difícil. Acredito que tem que persistir e realmente querer muito.

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Interesso-me muito por cinema, gosto de aprender e observar, mas não penso nisso agora. No momento, pretendo participar como atriz.