domingo, 4 de outubro de 2015

Caike Luna


Ator, diretor e dramaturgo. Atua no humorístico "Zorra Total", na TV Globo. Paralelamente à televisão, participa dos espetáculos “Rock in Rio – O Musical”, direção de João Fonseca, "Bette Davis e a Máquina de Coca-Cola", de Renata Mizrahi e Jô Bilac, direção de Diego Molina e "Elis, a Musical", de Nelson Motta e Patricia Andrade e direção de Dennis Carvalho.

O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Trabalhar com arte, para mim, seja qual for o segmento ou produto, sempre requer um bom conjunto de atrativos artísticos, como o roteiro, o diretor, a equipe, os atores e o personagem. Senão, uma boa proposta financeira.

Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Não tenho grande experiência com curta-metragem, muito menos com longa. Meu trabalho com cinema está no inicio. Fiz alguns curtas para turmas universitárias de cinema e em 2010 fiz uma participação no curta “O Bolo”, do diretor estreante Robert Guimarães.

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Não faço a mínima ideia. Suponho que talvez seja muito em função de que em geral os curtas não tenham necessariamente um apelo comercial ou a intenção de atingir o grande público. A grande maioria dos curtas-metragens que assisti eram, sobretudo, filmes feitos para quem faz cinema.

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Não acho que o problema seja a exibição, mas no interesse da distribuição. Como já disse, acredito que quem produz um curta-metragem tem como objetivo lançar ou experimentar alguma nova ideia, linguagem e afins. A viabilidade de produzir um curta é muito maior, logo pode-se fazer coisas incríveis com muito pouco.

O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Acredito que sim.

O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Depende do interessado. Sei que com um curta-metragem pode-se participar de festivais, mostras e assim conquistar reconhecimento através de prêmios, por exemplo. Certamente é uma boa maneira de fazer nome para então conseguir crédito, apoiadores e patrocinadores para a produção de um longa.

Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Se eu tivesse a receita estaria milionário, não necessariamente fazendo filmes, mas vendendo-a. Mas creio que para vencer em qualquer profissão é preciso trabalhar muito, com excelência e de preferencia com aquilo que se gosta.

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Futuramente é muito longe pra mim. Sou diretor de teatro e adoraria me aventurar dirigindo cinema, mas vivo o hoje para não ficar só de planos. Atualmente estou escrevendo e atuando para o programa Zorra Total; atuei no longa “Casa da Mãe Joana 2”, sob direção do Hugo Carvana.