Ator, diretor e dramaturgo. Atua no humorístico "Zorra
Total", na TV Globo. Paralelamente à televisão, participa dos espetáculos
“Rock in Rio – O Musical”, direção de João Fonseca, "Bette Davis e a Máquina de
Coca-Cola", de Renata Mizrahi e Jô Bilac, direção de Diego Molina e "Elis, a Musical", de Nelson Motta e Patricia Andrade e
direção de Dennis Carvalho.
O que te
faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Trabalhar com arte, para mim, seja qual for o
segmento ou produto, sempre requer um bom conjunto de atrativos artísticos,
como o roteiro, o diretor, a equipe, os atores e o personagem. Senão, uma boa
proposta financeira.
Conte
sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Não tenho grande experiência com curta-metragem,
muito menos com longa. Meu trabalho com cinema está no inicio. Fiz alguns
curtas para turmas universitárias de cinema e em 2010 fiz uma participação no
curta “O Bolo”, do diretor estreante Robert Guimarães.
Por que
os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Não faço a mínima ideia. Suponho que talvez seja
muito em função de que em geral os curtas não tenham necessariamente um apelo
comercial ou a intenção de atingir o grande público. A grande maioria dos curtas-metragens
que assisti eram, sobretudo, filmes feitos para quem faz cinema.
Na sua
opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Não acho que o problema seja a exibição, mas no
interesse da distribuição. Como já disse, acredito que quem produz um
curta-metragem tem como objetivo lançar ou experimentar alguma nova ideia,
linguagem e afins. A viabilidade de produzir um curta é muito maior, logo
pode-se fazer coisas incríveis com muito pouco.
O
curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção)
é o grande campo de liberdade para experimentação?
Acredito que sim.
O
curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Depende do interessado. Sei que com um
curta-metragem pode-se participar de festivais, mostras e assim conquistar
reconhecimento através de prêmios, por exemplo. Certamente é uma boa maneira de
fazer nome para então conseguir crédito, apoiadores e patrocinadores para a
produção de um longa.
Qual é a
receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Se eu tivesse a receita estaria milionário, não
necessariamente fazendo filmes, mas vendendo-a. Mas creio que para vencer em
qualquer profissão é preciso trabalhar muito, com excelência e de preferencia
com aquilo que se gosta.
Pensa em
dirigir um curta futuramente?
Futuramente
é muito longe pra mim. Sou diretor de teatro e adoraria me aventurar dirigindo
cinema, mas vivo o hoje para não ficar só de planos. Atualmente estou
escrevendo e atuando para o programa Zorra Total; atuei no longa “Casa da Mãe
Joana 2”, sob direção do Hugo Carvana.