Cineasta.
Participou
de um concurso relacionado ao longa de Quentin Tarantino,
"Django Unchained", e produziu o curta "The writer", que
derrotou quase 200 concorrentes do mundo inteiro.. Como prêmio, Oda rumou para
Los Angeles para encontrar o diretor, assistir às primeiras cenas de sua
próxima empreitada durante a Comic-Com e visitar o set de filmagens.
O que te
faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
A vontade
de contar histórias que tenham a ver com o que acredito, e a falta de dinheiro
para produzir um longa-metragem. (risos). Acho que o curta dá bastante espaço para experimentação também, acho que é um
ótimo meio de desenvolver a voz artística e técnica do Filmmaker.
Conte
sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Era
redator publicitário e sempre tive vontade de fazer algo mais autoral. Um dia
fui fazer um curso de Filmmaking em NY e descobri que o curta é uma das
melhores maneiras de se expressar através de uma arte Audiovisual. A partir
disso nunca parei de fazer curtas e Music Videos. Nunca deixei a falta de
dinheiro me impedir de continuar produzindo. Se não tinha dinheiro pra fazer
algo, pensava em alguma coisa mais simples que não comprometesse a ideia. Trabalhei
muito sozinho (com stop motions e coisas do tipo) Mas agora estou aprendendo a
ter mais gente no processo. Coisa indispensável pra produção ficar melhor.
Por que
os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Tem muitos motivos. Acho que dá pra falar de
culpados. Mas creio que essa impopularidade se deve bastante ao fato de não
termos um mercado pra curtas. Acho que isso se deve às duas partes: o público
não tem hábito de pagar pra ver uma sessão de curtas no cinema, e também os
distribuidores que não tem uma garantia de lucro ao apostar em curtas. Mas uma coisa posso dizer: acho que a internet
(Vimeo, Youtube, etc) criou um espaço fantástico pros curtas metragens. Eles
não estão nos holofotes das grandes mídias, mas estão sempre nos holofotes das
timelines, emails "FW" e blogs.
Na sua opinião,
como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público
Não seria uma má ideia algum estúdio, distribuidora,
escolher curtas fantásticos que estejam sendo criados atualmente e colocar em
sessões de grandes redes de cinema. Não precisa ser nada grandioso. Algo como uma sessão
de sexta feira com 8 curtas selecionados já seria muito legal. É legal pro
filmmaker e também pra plateia que se aproxima desse mundo. É legal pra essa
plateia saber que existem filmes mais simples (simples mas geniais) feitos por
gente como eles.
O famoso cinema pra todos, não?
O
curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção)
é o grande campo de liberdade para experimentação?
Completamente!
Um curta envolve menos dinheiro, riscos , chefes e pessoas do que um longa.
Portanto, mais liberdade.
O
curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Certamente. São milhares os exemplos de longas que
derivam de curtas. E diretores que se destacam por curtas e por conseguinte tem
a primeira chance de dirigir um longa. Eu por exemplo, acabei de escrever um longa-metragem inspirado no princípio do Malária motivado por pessoas/estúdios que gostaram do
curta.
Qual é a
receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Se eu soubesse, eu já teria vencido. (risos). Não
faço ideia, mas estudar e trabalhar duro todo dia acho que ajuda.
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Penso, mas agora estou mais
focado em desenvolver um longa-metragem. Estou escrevendo e estudando
absurdamente agora, de domingo a domingo. Vamos ver no que isso tudo vai dar.