Atriz.
Atuou nos curtas-metragens “Vácuo”, de Jatir Eiró; “Quero Ser Jack White”, de
Charly Braun; “Memórias Sentimentais de Um Editor de Passos”, de Daniel
Turini; “O Que Sara Disse”, de Dadi Pacheco; entre outros.
O que te faz aceitar participar de produções
em curta-metragem?
Curta-metragem é um formato que me interessa principalmente pela liberdade
criativa. Por sua finalidade não comercial, já que seu mercado se restringe
quase somente a festivais, me interessa a abordagem artística que ele propicia.
O que me faz participar de um curta é a identificação com o projeto e com as
pessoas envolvidas, e a possibilidade de experimentação artística.
Conte sobre a sua experiência em trabalhar em
produções em curta-metragem.
Cada curta é uma experiência, portanto fica
difícil falar assim tão amplamente... Em geral, filmei curtas de jovens
diretores e roteiristas, longe de ser uma regra, mas praticamente um fato é que
a grande produção de curtas-metragens vem de jovens cineastas que estão em
busca do desenvolvimento de sua própria linguagem cinematográfica, por isso um
momento extremamente precioso!
Por que os curtas não têm espaço em críticas
de jornais e atenção da mídia em geral?
Putz, a mídia em geral se interessa por
produtos... e se mal temos lugar para os longas-metragens que fogem de uma
abordagem comercial, o que se dirá de curtas? Curtas? Oi, o que é isso?
Na sua opinião, como deveria ser a exibição
dos curtas para atingir mais público?
Acho que isso entra numa questão mais ampla,
como é feita a distribuição de filmes nacionais? Sejam curtas ou longas o
espaço é bem limitado e opressivo...
O curta-metragem para um profissional (seja
ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para
experimentação?
Parece que sim, mas nem tudo que reluz é
ouro... (risos).
O curta-metragem é um trampolim para fazer um
longa?
Trampolim? Sei lá, me parece mais uma escada,
mas do tipo rolante... não é porque você fez um longa que não pode mais fazer
um curta... cada linguagem se propõe a uma finalidade e o que importa é o que
você tem a dizer, como artista, digo.
Qual é a receita para vencer no audiovisual
brasileiro?
(Risos)... se alguém descobrir conta aí! O
audiovisual brasileiro é um personagem de Monstros S/A!
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Tantos curtas-metragens já passaram pela
minha cabeça que uma hora um deles escapa e vira filme! Quem sabe...