Atriz, bailarina e dramaturga. Atuou nos musicais “Hair”,
direção de Charles
Möeller e Claudio
Botelho; “Tom e Vinícius, o Musical”, de Eucanaã Rodrigues e Daniela
Pereira, direção de Daniel
Herz; “Pernas Pro Ar”, direção de Cacá
Carvalho; entre outros.
O que te faz aceitar participar de produções em
curta-metragem?
O tema é a primeira coisa
que vejo se me interessa dizer, se gosto da visão do diretor, as pessoas
envolvidas também contam, se já trabalhei ou não, e nesse caso pesquiso sobre
elas. O conceito e o cachê também são bem relevantes.
Conte sobre a sua experiência em trabalhar em
produções em curta-metragem.
Olha, pra falar a verdade
eu não trabalho muito em curtas. Já fiz um para um amigo que estava se formando
e pilotos e séries para web.
Por que os curtas não têm espaço em críticas de
jornais e atenção da mídia em geral?
Porque eu acho que o
melhor espaço para curtas hoje em dia é mesmo a internet e pode se fazer bom
uso disso. Mas ainda estamos patinando no caos da informação e um curta só terá
esse espaço maior na mídia se envolver uma porção de interesses.
Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos
curtas para atingir mais público?
Eu acredito que devemos
saber usar melhor a internet. Até consigo vislumbrar um portal de curtas bem
interessante.
O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação,
direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Sem dúvida. Mas não acho
que isso é exclusividade dos curtas. A experimentação é bem vinda também no
teatro, na dança, na música.
O curta-metragem é um trampolim para fazer um
longa?
Não sei se consideraria
um trampolim. Acho que sim, é parte do processo de se fazer audiovisual, mas
fazer um curta-metragem não garante um longa, apenas garante uma experiência a
mais. E uma experiência a mais é sempre importante. (risos).
Qual é a receita para vencer no audiovisual
brasileiro?
Olha, eu realmente
discordo dessa palavra: vencer. Não acho que existe receita para o sucesso. Acredito
que para se fazer audiovisual de qualidade, independente de quem vai ou não vai
vencer, deve-se cultivar as boas parcerias, bons atores, ética e transparência
no trabalho. Essa é pra mim a única receita para um trabalho que já é sucesso
desde o início. O resto envolve o estudo e competência do diretor e envolvidos.
Isso envolve talento, que no mundo da arte acaba sendo relativo.
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Sim, mas ainda não sei quando essa vontade vai
realmente tomar conta de mim. Por enquanto não tenho urgência.