sábado, 17 de outubro de 2015

Rodrigo Gazzano


Cineasta. É dele a animação em 2D “{Demo Reel}”.

O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Experiência, projetos interessantes e contatos no meio audiovisual.

Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Todos os curtas que fiz parte eram produções de estudantes. A grande parte delas não possuía o dinheiro necessário para atingir o ideal técnico pretendido, então saber improvisar e lidar com condições adversas era fundamental. Uma boa pré-produção também era essencial, pois se algo poderia dar errado obviamente dava errado.

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Temo que o principal motivo é a inexpressividade comercial do curta-metragem.

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Na minha opinião o ideal para atingir mais público seriam sessões de curtas nos cinemas, na programação normal das salas. Dessa maneira o curta-metragem, além de chegar a um público diferente dos frequentadores de festivais, estaria no ambiente para o qual foi planejado. Mas encarando de uma maneira mais realista a internet seria a melhor maneira de atingir mais público e “canais” como o netflix poderiam ter um espaço destinado para curtas.

O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Sim, eu diria que o curta, por não ter o objetivo de passar em salas de cinema convencionais, e não ter que fazer bilheteria, tem sim a liberdade de experimentar muito mais do que os outros formatos.

O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa? 
Não necessariamente, creio que na maioria dos casos esse “trampolim” acontece porque alguém ou alguma produtora viu potencial no curta e decidiu dar uma chance para realizar um longa. Mas acredito que nem sempre a meta de um cineasta é fazer um longa. No caso da animação vemos muitos diretores que realizam somente curtas (Michaela Pavlatova, Regina Pessoa, Priit Parn, entre outros).

Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Contatos e mostrar bons trabalhos na área que você quer atuar. Infelizmente, o mérito geralmente fica em segundo plano.

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Sim! Uma animação 2D sobre uma lagosta gigante que tenta atacar uma cidade.