domingo, 4 de outubro de 2015

Giuseppe Oristanio


Ator. “Dona Xepa”; “Milagres de Jesus”; “Os Dez Mandamentos”, todas da TV Record, são algumas das telenovelas que ele atuou.

O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Antes de tudo porque eu gosto. Acho legal quando a rapaziada se junta e faz um filme meio no sonho, meio na marra. Me dá vontade de estar junto.

Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Eu nem tenho tanta experiência assim. Hoje, os filmes já nem são tão curtas assim, a menos que o cara queira fazer um curta. O pessoal anda fazendo médias, quase longas. A facilidade de captação digital viabiliza um pouco mais isso. A película era muito limitadora financeiramente. Ando fazendo uns médias, de 40min, 50min; Acho legal...Depois o pessoal batalha pra finalizar. Demora, mas eles conseguem...

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Porque são pouco comercializáveis individualmente, É fogo distribuir, vender e exibir um curta. Seria legal que os produtores de curtas se unissem para juntar tudo... pra ser franco, não sei ao certo. A coisa tá melhor, mas é difícil exibir até os nossos longas-metragens.

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Antigamente, exibia-se antes do filme principal no cinema. Mas eu não sou especialista nisso. Aliás, eu não sou especialista em quase nada. Mas eu adoraria ver um curtinha antes da sessão principal do cinema.

O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Pode ser e pode não ser. Deveria ser, sim. Dá pra experimentar linguagens, cores, interpretações... sem medo de errar demais... E se errar, lamente e segue em frente. Faz outro.

O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Não necessariamente. Sei de gente que quer passar a vida fazendo curtas. E pode ser, sim. Muita gente quer isso. Mas nem é obrigatório passar pelos curtas pra fazer longas.

Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Ué?! Se eu soubesse, usava pra mim...(risos). Agora, sem dúvida, trabalhar todo dia e ser teimoso faz parte da receita. Falta descobrir os outros ingredientes.

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Eu já dirigi TV, novela... pensava em ser diretor também. Mas eu não tenho muita paciência com ator e com toda a pentelhação que envolve o trabalho do diretor. E ainda sinto muito prazer em estar diante da câmera ou no palco. Quem sabe quando eu ficar mais velho e mais paciente com atores eu volte a dirigir.