domingo, 4 de outubro de 2015

Marcelo Masso


Ator e dublador. Atuou na comédia teatral "A Cantora Careca" .

O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Em primeiro lugar é porque adoro cinema e não tenho distinção de curta ou longa-metragem. O bom de se fazer curtas, é a velocidade com que tudo se desenvolve, e jeitão família.

Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Em Curitiba devo ter gravado uns cinco para o pessoal do Centro Europeu. Gravei “Um Anjo Posou em Mim”, para PUC-PR. E para o pessoal do Positivo, o melhor trabalho, “A Paciente”. Todos muito bons, mas destaco “A Paciente” pelo roteiro; um suspense de arrepiar.

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Preconceito. A maioria dos curtas não tem um orçamento muito alto, e hoje o preconceito com o que é barato, não deixa ele provar que é bom. “A Paciente”, um projeto de alunos da Faculdade Positivo é um bom exemplo disso; feito com a parceria de Deirò, ficou um espetáculo... e ninguém sabe.

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Mais festivais, programação, em agenda cultural, exibições gratuitas. Nos cinemas antes da exibição do filme principal.

O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Com certeza. O bom do curta, é que ele dá essa oportunidade de experimentação, e devemos aproveitar isso.

O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Sim. Assim como os filmes viram séries e as séries viram filmes. Mas também tem aqueles curtas que são bons, justamente, porque são curtas.

Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Difícil essa... mas acredito que o segredo, ainda, da difusão cultural no nosso pais, esta no acesso, na informação. Mais patrocínios, mais flexibilidade da mídia, mais meios de comunicação, e preço justo.

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Sim. Sempre tenho uns projetos engavetados. Estou amadurecendo. Quem sabe no futuro.