Ator formado
em Artes Cênicas pelo Curso Técnico Profissionalizante da Escola Superior de
Artes Célia Helena, com pós-graduação Latu Senso em Direção Teatral pelo Teatro
Escola Célia Helena, em 2012. Também é jornalista formado pela Universidade
Anhembi Morumbi, em 2009.
O que te faz aceitar participar de
produções em curta-metragem.
Tento estar sempre em cartaz no teatro ou ensaiando, mas tem aquelas épocas
onde a próxima peça demora a aparecer e é preciso exercitar o ofício. As
produções de curtas em que participei surgiram nesses momentos.
Conte sobre a sua
experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Trabalhei
em três curtas como ator. Um deles foi filmado em São Thomé das Letras, cidade
mineira que eu não conhecia e que agora recomendo a visitação. Outro filme foi
selecionado para o Festival Internacional de Curtas de São Paulo, ocasião onde
pude me ver pela primeira vez em uma tela de cinema! Todos foram boas
experiências.
Por
que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em
geral?
Não temos um jornalismo
especializado no segmento porque o segmento não recebe a devida
atenção. Alguns canais da TV a cabo tem assimilado muito bem a
transmissão de curtas-metragens e documentários, por exemplo, mas a iniciativa
tem pouco alcance. É algo que ainda está distante do grande público que acaba
descobrindo na programação da televisão aberta entretenimento satisfatório às
suas exigências. Existem dezenas de revistas especializadas em novelas porque
este gênero recebe bastante atenção da agenda pública. Entretenimento vende,
cultura nem sempre.
Na
sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
No cinema! Onde estão os
curtas nas salas de cinema? Esse lugar precisa ser reconsiderado.
O
curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou
produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Quando a produção é feita na
raça, sem verba, o filme se ocupa em transmitir exatamente o que quer
transmitir. Sem floreios ou adaptações, não sofre qualquer tipo de ingerência
justamente por não ter o rabo preso com a grande mídia ou com algum
patrocinador. O curta nasce livre e se abre como um campo infinito de potência
criativa.
O
curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Se for, comigo ainda não
foi.
Qual
é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Se a coisa não se concretiza
pelo talento artístico, há de se usar o sistema a favor e trazer o mercado para
perto.
Pensa
em dirigir um curta futuramente?
Adoraria. Aceito convites.