sábado, 28 de novembro de 2015

André Hendges


Ator formado em Artes Cênicas pelo Curso Técnico Profissionalizante da Escola Superior de Artes Célia Helena, com pós-graduação Latu Senso em Direção Teatral pelo Teatro Escola Célia Helena, em 2012. Também é jornalista formado pela Universidade Anhembi Morumbi, em 2009.

O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem.
Tento estar sempre em cartaz no teatro ou ensaiando, mas tem aquelas épocas onde a próxima peça demora a aparecer e é preciso exercitar o ofício. As produções de curtas em que participei surgiram nesses momentos.

Conte sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Trabalhei em três curtas como ator. Um deles foi filmado em São Thomé das Letras, cidade mineira que eu não conhecia e que agora recomendo a visitação. Outro filme foi selecionado para o Festival Internacional de Curtas de São Paulo, ocasião onde pude me ver pela primeira vez em uma tela de cinema! Todos foram boas experiências.

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Não temos um jornalismo especializado no segmento porque o segmento não recebe a devida atenção.  Alguns canais da TV a cabo tem assimilado muito bem a transmissão de curtas-metragens e documentários, por exemplo, mas a iniciativa tem pouco alcance. É algo que ainda está distante do grande público que acaba descobrindo na programação da televisão aberta entretenimento satisfatório às suas exigências. Existem dezenas de revistas especializadas em novelas porque este gênero recebe bastante atenção da agenda pública. Entretenimento vende, cultura nem sempre.

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
No cinema! Onde estão os curtas nas salas de cinema? Esse lugar precisa ser reconsiderado.

O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
Quando a produção é feita na raça, sem verba, o filme se ocupa em transmitir exatamente o que quer transmitir. Sem floreios ou adaptações, não sofre qualquer tipo de ingerência justamente por não ter o rabo preso com a grande mídia ou com algum patrocinador. O curta nasce livre e se abre como um campo infinito de potência criativa. 

O curta-metragem é um trampolim para fazer um longa? 
Se for, comigo ainda não foi.

Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Se a coisa não se concretiza pelo talento artístico, há de se usar o sistema a favor e trazer o mercado para perto. 

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Adoraria. Aceito convites.