Atriz, apresentadora e dubladora. Apresentou o
programa “Jogo de Cintura”. No teatro estrelou o espetáculo “Odisseia”.
Conte sobre a sua experiência em
trabalhar em produções em curta-metragem.
Comecei a
atuar no interior, em Bauru, cidade onde passei grande parte da minha vida.
Topava todos os convites dos estudantes da Unesp em seus trabalhos de conclusão
de curso em Rádio e TV. Aquilo pra mim era diversão pura. Um espaço cheio de
liberdade e experimentação para uma adolescente com o desejo de ser atriz.
Depois, aqui em São Paulo, já formada em Artes Cênicas, permaneci neste ritmo.
Acreditando em projetos e fazendo mais filmes.
Por que os curtas não têm espaço
em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Então,
também não sei. Deveria. Vejo os curtas talvez na mesma posição do teatro
atualmente. Algo meio marginal. Isso tem um charme. Mas não é legal perceber
que cultura não é a nossa prioridade. Falta o hábito e o prazer, que só a
arte pode promover.
Na sua opinião, como deveria ser
a exibição dos curtas para atingir mais público?
Salas de
cinema com programação obrigatória de curtas. A exibição fica restrita a
festivais apenas. Não pode ser assim. Não faz sentido. É como fazer teatro para
um público só de atores ou pessoas que trabalhem com arte. Não é este o
intuito. É pra todo mundo. Só assim vale a pena e tem valor legítimo. Mas ainda
tem gente preocupada com isto e que tomam inciativa efetivamente, botam a mão
na massa. O Zeca Rodrigues, por exemplo, criou um projeto que exibe
semanalmente curtas no Parlapatões. Muito bom!
O curta-metragem para um
profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o
grande campo de liberdade para experimentação?
Sim, sim.
Já que é descompromissado com a indústria. Com o "negócio da arte",
com a comercialização artística. Isso é fantástico. Mas tem que ser visto. Tem
que haver projeção, literalmente.
O curta-metragem é um trampolim
para fazer um longa?
Mais do
que trampolim, é um espaço para experimentar, desafiar e aprender como artista.
Isso já vale demais. É suficiente. Mas claro que agente quer sempre mais. Todo
ator. Todo artista. Característica humana, né? Desejar.
Qual é a receita para vencer no
audiovisual brasileiro?
Não faço
ideia. Tenho uma de bolo de cenoura maravilhosa que posso te passar!!!
Pensa em dirigir um curta
futuramente?
Não. Não
tenho vontade de dirigir. Escrever sim.