Iniciou no Teatro em 1997. Participou de cursos e oficinas
com Elvira Gentil, André Garolli, Brian Penido, Guilherme Santana, Ricardo
Napoleão. Especializou-se em improvisação com: Pablo Pundik (Espanha), Mário
Escobar (Chile), Sérgio Domingues (Chile) e Rhena de Faria (Brasil). Atuou em
diversos espetáculos teatrais, entre eles: Clube do Improviso, Os Babaccos, A
Deus Humanidade, Por que os Homens Mentem?, O Recruta, Espetáculo quase
Artístico, Aves exóticas voam para Vazabarris e Todo Mundo Louco. No cinema,
participou dos filmes: “Pano Verde” e “Bento da Caridade”.
O que te
faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Eu gosto muito da
linguagem para cinema, eu venho do Teatro. Enquanto no teatro tudo é exagerado,
no cinema é mais contido tem mais detalhes. Sem falar na produção, preparação
dos atores para estudar o personagem fazer laboratório, para fazer os
personagens... É muito rico e divertido fazer. E eu escolhi pelo desafio de fazer
cinema, eu estava acostumado a fazer teatro e sempre quis fazer cinema. Até que
eu fiz o meu primeiro e não consegui parar mais.
Conte
sobre a sua experiência em trabalhar em produções em curta-metragem.
Foi uma experiência
muito legal e rica, assim eu acabei conhecendo como funciona por trás das
câmeras. O corre-corre das locações. Agendamento de elencos. Eu fiz uma
produção e atuação no filme “Pano Verde”. Tive que fechar locações, transportes, lanche,
equipamentos. A galera da produção rala também. (risos).
Por que
os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
É muito complicado
essa questão. O motivo é que não tem muito apoio como no teatro. Porque os
meios de comunicação não têm muito acesso as pequenas produções. Os produtores
não divulgam muito isso na mídia. Não devemos colocar só as culpa na mídia...
Temos que fazer como no teatro e nas grandes produções de cinema: mandar release para os jornais, revistas, rádios e TV. Mas,
concordo, os curtas tem pouca
visibilidade no Brasil.
Na sua
opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Em salas de cinemas
antes de iniciar os filmes. Nas redes-sociais. Os próprios cinemas grandes poderiam
realizar seções de curtas. Montar mini-cinemas para rodar nos bairros ou
cidades...
O
curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção)
é o grande campo de liberdade para experimentação?
Sem sombra de dúvidas,
ele tem o poder de criar e imaginar. Só assim ele vai ganhar experiência.
Ele pode criar, viajar no personagem. E impor suas ideias.
O
curta-metragem é um trampolim para fazer um longa?
Sim, você vai
adquirindo experiência para produzir um longa. Um curta-metragem pode durar até
vinte minutos. Já um longa-metragem pode ter uma hora ou mais... É muito mais complicado.
Mais é uma escola para quem começa a fazer curtas.
Qual é a
receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Estamos vivendo um
grande boom no cinema Brasileiro. E está dando certo... O segredo é um bom roteiro,
bons atores, bons equipamentos e uma boa equipe de produção e edição.
Pensa em
dirigir um curta futuramente?
Penso sim, e já estou
me preparando. (risos)