domingo, 1 de novembro de 2015

Patrick Siaretta


Sócio-fundador da TeleImage, empresa de locação de equipamento e finalização de efeitos especiais que já processou, pós-produziu, realizou efeitos especiais ou coproduziu cerca de 30 longas-metragens.

O que te faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Trabalhar em curta metragem é sempre uma experiência divertida e muito interessante. Considero como um bom teste para conhecer novos talentos, experimentar novas técnicas, novos conceitos. Uma excelente forma de se preparar para fazer um longa-metragem. Os curtas, com esta nova lei do cabo, começaram a ganhar mais destaque. Acredito que o reconhecimento vira com o tempo e com um investimento maior em qualidade e roteiro. 

Por que os curtas não têm espaço em críticas de jornais e atenção da mídia em geral?
Os curtas já estão conquistando um espaço na TV a cabo, mas para realmente atingir mais publico os curta-metragistas vão ter que investir mais na elaboração dos roteiros e ter um cuidado maior com a produção e pós-produção dos seus curtas. A qualidade técnica em muitos casos deixa muito a desejar, e isto prejudica a apreciação do publico. O publico esta acostumado a ver conteúdo tecnicamente bem produzido e isto tem que ser regra para os curtas também.

Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos curtas para atingir mais público?
Os curtas, sem duvida alguma, permitem uma liberdade de lidar com a ideia e uma experimentação em todos os campos única, mas isto não significa que as regras básicas de direção, fotografia e atuação não devem ser respeitadas.

O curta-metragem para um profissional (seja ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade para experimentação?
O curta-metragem é o campo ideal para mostrar as habilidades e se credenciar inclusive perante as distribuidoras como diretor de longa-metragem.

Qual é a receita para vencer no audiovisual brasileiro?
Não existe receita, existe muito trabalho, dedicação e seguir o bom senso e as regras do mercado. A primeira coisa é o roteiro. Não existe filme bom com roteiro ruim. Os roteiros tem que ser trabalhados exaustivamente ate ficarem perfeitos antes de partir para a produção. Nunca se deve produzir sem já ter uma distribuidora a bordo e sem ter todo o dinheiro da produção na conta. Fundamental ter um shooting board e todas as cenas do filme pensadas antes de sair produzindo. Isto economiza tempo e muito dinheiro. 

Pensa em dirigir um curta futuramente?
Eu não penso em dirigir um curta. (risos). Deixo isto para os profissionais talentosos. Meu talento está em viabilizar os projetos, prefiro me concentrar no que eu sei fazer.