Atriz. Atuou no curta-metragem “Fragrância” e na série “O Negócio”, exibido na
HBO.
O que te
faz aceitar participar de produções em curta-metragem?
Na
verdade, o que me faz aceitar um trabalho é ter algo me instigue. Alguma
provação, algum desafio, seja ele, o roteiro, as pessoas.
Conte sobre a sua experiência em trabalhar em
produções em curta-metragem.
Não
trabalhei em tantos curtas, mas já trabalhei em diversos
tipos de produção de curtas. Com e sem verba e é sempre muito importante o profissionalismo,
o combinado, que as coisas sejam claras e ditas. O respeito com os
profissionais envolvidos, isso pra mim, isso é fundamental.
Por que os curtas não têm espaço em críticas de
jornais e atenção da mídia em geral?
Eu não
sei. Acho que uma coisa leva a outra, como os curtas ficam muito
restritos a uma carreira de festivais e acaba não atingindo um grande
público, isso acaba não chamando a atenção da mídia em geral.
Na sua opinião, como deveria ser a exibição dos
curtas para atingir mais público?
O curta
poderia ter mais espaço na televisão, são poucos canais que passam sessão
de curtas-metragens. No cinema, antes dos longas, a
gente poderia assistir alguns curtas. Ah! Tem a internet também, ótimo veículo
para atingir mais gente.
O curta-metragem para um profissional (seja
ele da atuação, direção ou produção) é o grande campo de liberdade
para experimentação?
De certo
modo, sim. O bom do curta é que ele tem muitas facetas, ele pode servir
pra muitas coisas. Ele pode ser uma obra acabada, mas também pode ser um
experimento. Justamente por seu formato. É um curta. Ele pode ser mais simples
que um longa, menos pessoas, responsabilidades e tempo envolvidos. O curta,
muitas vezes, é um cinema de guerrilha, a gente está lá pela vontade de
fazer, tem a paixão que muitas vezes se perde em algo maior e com certas
exigências a seguir. Ele não tem a obrigação de agradar ninguém. É uma coisa
quase ingênua falar assim, mas é verdade.
O curta-metragem é um trampolim para fazer um
longa?
Eu não
sei se é um curta é um trampolim para um longa, mas geralmente quem quer fazer
um longa, começa pelos curtas. Principalmente para os diretores, para os
atores, acho que não necessariamente.
Qual é a receita para vencer no audiovisual
brasileiro?
Difícil
essa. Eu também queria saber... (risos).
Pensa em dirigir um curta futuramente?
Acho a direção fascinante,
futuramente, acho que sim. Mas, agora, vamos atuar!